Julgamento de "noiva nazi" prossegue a 14 de maio

O julgamento na Alemanha de Beate Zschäpe, única sobrevivente de um grupo neonazi acusado da morte de imigrantes, foi hoje adiado para 14 de maio, com a defesa a pedir o afastamento de um juiz.
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As audiências previstas para terça e quarta-feira no tribunal de Munique foram adiadas, indicou o presidente do tribunal, Manfred Götzl, acusado de parcialidade.

A justiça vai examinar essas alegações de parcialidade feitas pelos advogados de Zschäpe.

A acusada, de 38 anos, que está a ser julgada com quatro cúmplices, compareceu em tribunal sem algemas e esteve sempre em silêncio na primeira audiência.

Beate Zschäpe é acusada de ter participado em 10 mortes entre 2000 e 2007, nove de imigrantes (oito turcos e um grego) e outra de uma polícia alemã. É ainda suspeita de envolvimento em dois atentados contra comunidades estrangeiras e de 15 assaltos a bancos, segundo a acusação.

Os outros dois membros do grupo neonazi Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU), Uwe Boehnhardt e Uwe Mundlos, suicidaram-se em novembro de 2011, durante um cerco policial montado na sequência de um assalto a um banco.

Os quatro cúmplices em julgamento não pertenciam ao grupo e são acusados de ter dado ajuda logística.

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